sexta-feira, 22 de junho de 2012

Estudo aponta alto índice de doenças endêmicas.

Foto: Delmiro Silva


DELMIRO SILVA
Os alunos do curso de Licenciatura em Geografia da Universidade do Estado do Pará (UEPA), núcleo de Conceição do Araguaia, produziram um trabalho que chamou a atenção das autoridades ligadas à saúde pública de Conceição do Araguaia e região. Segundo, a pesquisa três doenças ganharam proporções preocupantes: dengue, malária e leishmaniose. Sob a orientação do professor Clauton Fonseca Sampaio o trabalho revelou índices altos de contaminação e até óbitos provocados por dengue e leishmaniose.
Os dados foram coletados na 12ª Regional de Saúde, com sede em Conceição do Araguaia, e Secretaria Municipal de Saúde, e ficou constatado que houve elevado registro de contaminação entre os anos de 2007 a 2011. Os moradores dos bairros periféricos, onde não existe saneamento, pavimentação asfáltica e infraestrutura, população com menor poder aquisitivo e pouca atenção por parte do poder público, são os que mais sofrem.
De 2007 a 2011 foram notificados 2.085 casos de dengue, número excessivo se comparando aos anos de 2008 e 2010, quando houve um aumento de 689,2% no número de casos, caracterizando uma epidemia generalizada. Já os casos de malária diagnosticados entre os anos de 2006 e 2010 totalizaram 26 registros. Os casos mais preocupantes são de leishmaniose que entre 2007 e 2011 teve 275 registros, sendo que 214 correspondem à leishmaniose visceral ou calazar.
A situação de Conceição do Araguaia tem se tornado preocupante quando comparada a outras cidades da região, como por exemplo, Redenção, que notificou em 2011 apenas 25 casos de leishmaniose. Enquanto Conceição do Araguaia tem uma população estimada em 45 mil habitantes, segundo dados do IBGE, a população redencense está avaliada em 80 mil habitantes, fator que aponta o índice preocupante das contaminações no território conceicionense.
Dos 127 casos da doença no ano de 2011 ocorreram 4 óbitos oficializados. Foi elaborada uma carta de intenção e enviada para a Câmara de Vereadores, Prefeitura, Governo do Estado e Senado Federal, para que tomem medidas emergenciais no sentido de amenizar a situação critica em que está a população do município.

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