sexta-feira, 2 de março de 2012

Dilma vai impedir "canibalização dos emergentes"

Foto: saotomeinformes.blogspot.com

jusbrasil.com.br

A presidente afirmou ainda que está disposta a defender a indústria nacional
 
 
A presidente Dilma Rousseff acusou nesta quinta-feira os países desenvolvidos de promoverem o canibalismo nos mercados emergentes.
Ela afirmou que está disposta a defender a indústria nacional, que enfrenta condições adversas de competitividade por conta da guerra cambial.
"Eu quero dizer para vocês que nós vamos continuar desenvolvendo esse país, defendendo sua indústria, impedindo que os métodos de saída da crise desses países desenvolvidos implique na canibalização dos mercados dos países emergentes e ao mesmo tempo assegurando que o nosso mercado interno, o nosso mercado de massa cresça qualitativamente", disse a presidente.
Dilma afirmou ainda que está preocupada com o "tsunami no mercado monetário de países desenvolvidos, que não usam políticas fiscais de ampliação da capacidade de investimento para sair da crise em que estão metidos". A presidente classificou a política monetária desses países de "inconsequente".
Nesta quinta-feira, o governo decidiu taxar em 6% os empréstimos feitos no exterior que tenham prazo inferior a três anos. O objetivo da medida é desestimular a entrada de capital de curto prazo no país e com isso segurar a valorização do real.
A desvalorização do dólar, segundo o governo, é ruim para economia brasileira pois diminuiu a competitividade das empresas brasileiras fazendo com que as exportações fiquem mais caras e os produtos importados que entram no país fiquem mais baratos gerando uma "competição desleal".

GUERRA CAMBIAL
Dilma participou ontem do lançamento do Compromisso Nacional da Indústria da Construção. Diante de uma plateia de empresários e sindicalistas, ela voltou a criticar a guerra cambial ao defender a produção brasileira.
"Nós sabemos que hoje as condições de concorrência são adversas. Não porque a indústria brasileira não seja produtiva, não porque o trabalhador brasileiro não seja produtivo, mas porque teria uma guerra cambial, baseada numa política monetária expansionista e que cria condições inflacionárias desiguais."
A presidente também afirmou que é preciso combater a política perversa desses países.
"Uma política perversa para o resto dos países, principalmente aqueles em crescimento, que são os países emergentes e que mostra que eles compensam essa rigidez fiscal com uma política monetária absolutamente inconsequente do ponto de vista do que ela produz sobre os mercados internos. É por isso que nós nos preocupamos. Nós vamos ter de perceber que isso não é trivial, simples, que não basta dizer que tem isso."
Dilma disse que o Brasil enfrenta "um período de estabilidade política, de estabilidade institucional, um período de crescimento econômico, de distribuição de renda e inclusão social sem precedentes na história do Brasil".
A presidente lançou mão de uma série de números, como geração de emprego, evolução social, para falar que seu governo tem uma preocupação com desenvolvimento sustentável e base social.
No evento, a presidente passou por dois constrangimentos ao ver um sindicalista apontar presença de "bandidos no Ministério do Trabalho" e o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), cobrar o fim do fator previdenciário, que foi vetado pelo ex-presidente Lula. 
 
 
 

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